12 de set. de 2005

da contemporaneidade

me estende a tua mão, aí, vai!
prometo não roubar o braço inteiro.

sei que sou
obcecada com o desejo de posse
não dê bola, não.
soa apenas como mais um,
entre tantos defeitos.

até fico embaraçada.
enrosco-me nessa ânsia –
- perturbação causada pela incerteza.

pelo menos sei da solução:
só continua dizendo
que gosta de mim
e já diminuem os batimentos.

quero mesmo é liquidar aqueles sonhos
que me fazem passar, três vezes por semana,
uma rotina infestada de seus sentimentos.

É nocivo,
pensar que pode se tornar realidade.


Nenhum comentário: