7 de mar. de 2007

Riad

Faouzia, a professora universitária, organizou um encontro com adolescentes. De jeans, tops justos e celulares na mão, elas têm um ponto em comum: o tédio. Apesar de pertencerem a famílias progressistas, têm de conviver com uma sociedade retrógrada. “Eu quero ser advogada”, diz Manal, 16 anos, piercing no umbigo. “Quero defender as mulheres do meu país.” Ingenuidade de adolescente em um país que não possui código civil nem penal e que é regulado pela Charia, segundo a qual as mulheres não podem estudar direito porque “são emotivas demais para julgar objetivamente”. As mulheres são dependentes do marido ou do pai e não têm direito a passaporte. Somente 10% delas possuem carteira de identidade. Isso porque precisam da autorização dos maridos e se recusam a tirar o véu em público, o que torna inviável a fotografia, obrigatória na identidade.

Reportagem desse mês na revista Elle brasileira, sobre os direitos femininos na Árabia Saudita.

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